Porque mora em mim o sentimento Que perfuma o sândalo, que torna doce o mel Canto como quem abraça o vento Colho a flor do pântano para enfeitar o céu.
O Cristo é meu par. E eu folgo ao sentir Que ganhando estradas Ultrapasso a vilania.
Insisto em cantar. Teimo em sorrir. Pois, calço as pegadas Que o sol deixou no dia.
Vou me encontrar onde andei. Na ofensa que esqueci, no pranto que enxuguei. Vou me encontrar onde andei. No amigo que acolhi, no filho que beijei. Em mim.
Porque fala o amor quando calado. Sei que brota a vida do que a morte adubou. Porque todo anjo é ente alado Que hoje toca as nuvens porque um dia o chão pisou.
Confiro que há mais Glória em servir. Água em pés cansados Pode mais que a dor do açoite.
Sim, nossa paz Sabe aonde ir. Aos corações tombados Que tateiam o véu da noite.
Vou me encontrar onde andei. Na ofensa que esqueci, no pranto que enxuguei. Vou me encontrar onde andei.
No amigo que acolhi, no filho que beijei. Em mim.
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